16 de julho de 2007

Laços, lacinhos e laçarotes


Afinal de contas, como é que nos relacionamos uns com os outros? O que é que nos une? As personalidades, a empatia, as atracções físicas e intelectuais? São o quê? Os laços?! Quem sabe explicar ao certo o que é isso dos 'laços que nos unem'? São os afectos? E depois, quantas categorias de laços há? Ora deixa cá ver... Laços familiares, laços de amizade, laços amorosos, laços profissionais.. enfim! De qualquer forma, o que me intriga não é como nos unimos e como construímos uma relação, mas sim como nos separamos e como a quebramos.

A fragilidade de algumas relações da nossa vida contrasta bastante com a força de outras e a forma como saímos magoados da quebra dos ditos laços é o reflexo dessa força. De facto quem mais nos magoa é de quem mais gostamos e de quem mais vamos sentir a falta.

Há quem explique bem a construção dos laços, seja por uma reacção química, necessidade de afecto, por sermos um ser político, por precisarmos de nos encontrar nos outros, etc.. Mas, se existem todos estes motivos para nos relacionarmos com que nos rodeia, por que nos separamos deles depois? É evidente que existem os motivos mais comuns de sempre: porque ficamos magoados ou ofendidos ou irritados como que nos foi feito ou dito. O que a mim me intriga (mais uma vez) não é isso, mas sim por que razão não investimos no consenso, por que é que não nos esforçamos por recuperar o que foi destruído? Afinal não são só laços que nos unem, mas também lacinhos e laçarotes... e por vezes bem largos!

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